Deitado, não descansado, a olhar pelos os buracos dos estores...

...que indicam que há luz, não luz natural, a luz de lá de fora, luz dos candeeiros da rua, luz falsa, essa luz que não me deixa adormecer, por mim dormia de estores abertos, tudo aberto, mas não pode ser, faz parte de um acordo nupcial, continuo deitado e olhos abertos, tempo passa, passa e morde, e passa e passa e já faz 3 anos, dos meus 33, são 3 belos anos, uma praia é só uma praia, como todos ou quase todos os fins-de-semama que vamos á praia, ela sabe, não têm medo da areia, rebola, salta e fica sempre um croquete, água têm medo, não, respeita e sabe que são as ondas e como mergulha a Ariel e como salta a Lilo e como podem ser fortes, mas quer ir para as ondas com ou sem a panxa ela quer, meu orgulho, resultado da puxar a brasa á nossa sardinha, linda e que é minha, mas não me deixa dormir, porque vai sem nós, vai com os amigos, Benado, Afonxo, a Batista e … e com a Lili, e com a Graça e Ana e Andreia, e vêm os ses, e se isto, se aquilo e se, se e se… vai só custar os primeiros 5 dias, só mais nada, e depois habituo-me á ideia, também são só 5 dias, medo da praia, medo de ir “sozinha”, não estou lá, não é da praia mas sim de a ver crescer, e vai crescendo sem mim, é a assim á bruta, e dizem as mentes dementes de pessoas, as pessoas, que pessoas que depois de ter sido pais passaram a entender a os próprios pais, pois não aconteceu comigo, passei a entender cada vez menos, mas isto sou só eu, mas lá foi ela para a PRAIA sem nós, sem mim.